Stock Car: De 25º para 7º, Rafael Suzuki faz grande corrida em Interlagos na final da temporada

A etapa final da temporada 2016 da Stock Car teve um roteiro emocionante para Rafael Suzuki. Na corrida em Interlagos, o piloto sabia que teria vida difícil, pois largaria em 25º, após problemas na classificação, mas o domingo (11) reservou um ótimo desfecho para o representante maranhense. Mesmo numa prova curta, de apenas 40 minutos mais uma volta, ele ganhou 18 posições e cruzou a linha de chegada em 7º lugar, fechando o ano de forma muito positiva.

O grande atrativo da prova final era a disputa pelo título, entre Felipe Fraga e Rubens Barrichello, que largavam lado a lado para a decisão. Fraga manteve a liderança, enquanto Rubinho perdeu algumas posições após uma confusão na largada. Pouco depois, a garoa que estava caindo se intensificou bastante e isso foi determinante para a corrida. Fraga e outros pilotos entraram para os boxes, para colocarem pneus para pista molhada. Barrichello permaneceu na pista, e ocupava a 2ª posição, em busca da vitória – nesse cenário, Fraga poderia ficar no máximo em 14º para que o ex-piloto da F1 conquistasse o bicampeonato. Não deu. Fraga terminou em 10º e sagrou-se campeão da Stock Car 2016, com uma vantagem de 14 pontos.  

Para Suzuki, além do forte ritmo, a escolha de permanecer na pista molhada com pneus slicks foi muito importante para o resultado final. O piloto teve de lidar com as condições traiçoeiras da pista, que tinha pontos bem molhados e outros nem tanto, mas conseguiu manter um desempenho competitivo durante toda a prova. Após 23 voltas, o piloto do carro #8 cruzou a linha de chegada na 7ª posição.

Como a corrida deste domingo valia pontos dobrados, o resultado de Suzuki foi ainda mais especial, já que o piloto somou 34 pontos em Interlagos – o que representa mais do que a pontuação de uma vitória nas etapas de rodada dupla – e assim alcançou 117 pontos na tabela e o 17º na classificação geral, entre os 38 pilotos que correram neste ano. Essa pontuação é mais que o dobro do que Rafael havia marcado tanto em 2014 quanto em 2015, confirmando esta como sua melhor campanha até agora na principal categoria do automobilismo brasileiro.

Correndo pela equipe Vogel Motorsport (que neste ano teve o nome fantasia Geolab Racing), Suzuki teve um início de temporada muito forte, ficando entre os 10 primeiros em todas as etapas do primeiro semestre. Depois da metade do campeonato, o piloto enfrentou diversos problemas mecânicos e muitas quebras, que fizeram com que ele perdesse muitos pontos e caísse na tabela. Nas últimas três etapas, porém, Rafael mostrou uma boa reação e fechou o ano em alta, enchendo o piloto de motivação para 2017.

500 Milhas de Kart:

Rafael ainda tem mais um importante desafio nas pistas antes do descanso para as festas de fim de ano. No próximo fim de semana, ele disputa a 20ª edição das 500 Milhas de Kart, que, pela data comemorativa, volta a ser disputada no Kartódromo da Granja Viana, em São Paulo, com largada à noite e 12 horas de corrida varando a madrugada. Esse será o sétimo ano consecutivo que Suzuki integra o time de Rubens Barrichello – seu adversário na Stock Car -, Tony Kanaan (F-Indy) e Felipe Giaffone (F-Ttuck), entre outros pilotos.

Rafael Suzuki é patrocinado pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel), pela Lei Estadual de Incentivo ao Esporte.

Rafael Suzuki:

“Que dia maluco hoje em Interlagos! Não consegui ganhar posições na largada, cheguei a estar em último quando a corrida começou de fato pra mim, depois da relargada do Safety Car. E aí a chuva veio forte. Muitos carros foram para os boxes pra trocar os pneus, mas nós não. Além de querer fazer uma estratégia diferente da maioria, eu acreditei que conseguiríamos ficar na pista, pois em outra parte do traçado só garoava. A equipe perguntou o que eu queria, decidi ficar com os slicks e me segurar, e deu certo. Foi arriscado, mas ganhamos muitas posições pra terminar nesse excelente P7, ainda mais considerando a tomada de sábado, onde fomos mal. Estou feliz pois é a corrida que mais valia pontos no ano, ganhamos posições no campeonato e eu somei mais que o dobro de pontos de outros anos. Agora é continuar trabalhando para estar no grid em 2017 e poder evoluir ainda mais.”

Confira o resultado final da corrida em Interlagos:

1-) 29 Daniel Serra Red Bull Racing) – 23 voltas em 42min03s324 (média de 141,5 km/h)
2-) 111 Rubens Barrichello (Full Time Sports) – a 0s619
3-) 90 Ricardo Mauricio (Eurofarma RC) – a 9s275
4-) 0 Cacá Bueno (Red Bull Racing) – a 10s983
5-) 4 Julio Campos (C2 Axalta Racing) – a 10s996
6-) 117 Guilherme Salas (RZ Motorsport) – a 21s479
7-) 8 Rafael Suzuki (Geolab Racing) – a 24s761
8-) 9 Guga Lima (TMG Racing) – 25s049
9-) 77 Valdeno Brito (TMG Racing) – a 1min07s614
10-) 88 Felipe Fraga (Cimed Racing) – 1min09s412
11-) 5 Denis Navarro (Geolab Racing) – 1min10s749
12-) 18 Allam Khodair (Full Time Sports) – 1min14s140
13-) 10 Ricardo Zonta (Shell Racing) – 1min26s918
14-) 51 Átila Abreu (Shell Racing) – a 1min32s880
15-) 80 Marcos Gomes (Cimed Racing) – 1min35s767
16-) 70 Diego Nunes (União Química Racing) – a 1 volta
17-) 28 Galid Osman (Ipiranga-RCM) – a 1 volta
18-) 110 Felipe Lapenna (Hot Car Competições) – a 1 volta
19-) 25 Tuka Rocha (RZ Motorsport) – a 1 volta
20-) 12 Lucas Foresti (Full Time-ProGP) – a 1 volta
21-) 99 Xandynho Negrão (Cavaleiro Sports) – a 1 volta
22-) 46 Vitor Genz (Eisenbahn Racing Team) – a 1 volta
23-) 73 Sergio Jimenez (Cavaleiro Sports) – a 1 volta
24-) 21 Thiago Camilo (Ipiranga-RCM) – a 7 voltas
25-) 65 Max Wilson (Eurofarma RC) – a 8 voltas
26-) 63 Nestor Girolami (Eisenbahn Racing Team) – a 17 voltas
27-) 3 Bia Figueiredo (União Química Racing) – a 21 voltas
28-) 83 Gabriel Casagrande (C2 Axalta Racing) – a 21 voltas
29-) 26 Raphael Abbate (Hot Car Competições) – a 17 voltas

Classificação final – Stock Car 2016:

1 – Felipe Fraga, 309 pontos – CAMPEÃO
2 – Rubens Barrichello, 295
3 – Daniel Serra, 229
4 – Valdeno Brito, 229
5 – Marcos Gomes, 212
6 – Ricardo Mauricio, 205
7 – Diego Nunes, 189
8 – Átila Abreu, 187
9 – Cacá Bueno, 186
10 – Allam Khodair, 181
11 – Julio Campos, 170
12 – Max Wilson, 166
13 – Vitor Genz, 158
14 – Galid Osman, 142
15 – Thiago Camilo, 141
16 – Ricardo Zonta, 130
17 – Rafael Suzuki, 117
18 – Denis Navarro, 114
19 – Guga Lima, 113
20 – Sergio Jimenez, 109
21 – Gabriel Casagrande, 89
22- Nestor Girolami, 77
23 – Raphael Abbate, 67
24 – Lucas Foresti, 67
25 – Bia Figueiredo, 64
26 – Tuka Rocha, 60
27 – Guilherme Salas, 55
28 – Felipe Guimarães, 51
29 – Felipe Lapenna, 46
30 – Popó Bueno, 30
31 – Danilo Dirani, 23
32 – Xandinho Negrão,11
33 – Luciano Burti, 2
34 – Fábio Carbone, 0
35 – Alceu Feldmann,0
36 – Thiago Marques, 0
37 – Beto Cavaleiro, 0
38 – Cezar Ramos, 0