Campo do Castelão terá que ser reduzido

Todos os jogos das Séries A e B do Campeonato Brasileiro a partir deste ano serão disputados em gramados com 105m de comprimento e 68m de largura – nem um metro a mais ou a menos. A CBF investiu R$ 2,2 milhões e bancou um programa de padronização dos campos de 43 estádios do Brasil. O dinheiro sai do fundo de legado deixado pela Fifa nos países que organizam a Copa do Mundo.

De agosto a novembro, a CBF enviou equipes formadas por topógrafos e agrônomos para analisar as dimensões e o estado de cada gramado. Antes disso, promoveu treinamento sobre os responsáveis pela manutenção dos gramados. Com base nesse diagnóstico, a confederação está bancando as reformas necessárias.

Nesta primeira fase, serão padronizadas as medidas dos gramados (tamanho do campo e demarcação das áreas, círculo central) e equipamentos como traves, bandeirinhas de escanteio e bancos de reserva.

Para os estádios que estavam em situação mais precária, a confederação doou máquinas para cortar grama e demarcar as linhas. As equipes enviadas aos estádios também examinaram a qualidade dos gramados – mas este problema deve receber mais atenção (e recursos) no ano que vem, numa próxima fase do projeto.

A ideia ganhou força graças a uma reclamação de Levir Culpi, então treinador do Atlético-MG, durante um encontro de treinadores na sede da Confederação. O técnico queixou-se de ter que treinar e jogar em campos com tamanhos tão diferentes.

A CBF então tirou o plano do papel e atacou o problema em três frentes: primeiro promoveu um treinamento com os responsáveis pela manutenção dos gramados, depois fez o diagnóstico e agora banca as adequações.

O projeto também prevê a implantação de 20 “marcos de medidas” – estacas de 15 centímetros que são enterradas nos gramados para garantir que as marcações sejam respeitadas em futuras reformas. Quase todos os estádios das Séries A e B foram utilizados para treinamentos durante a Copa do Mundo de 2014, motivo pelo qual não serão necessárias readequações tão grandes.

O padrão adotado pela CBF é o mesmo de jogos da Copa do Mundo – 105 por 68, embora a Fifa deixe que as medidas sejam bem flexíveis. A regra permite gramados que tenham entre 90 e 120 metros de comprimento e 45 a 90 metros de largura – desde que retangulares, claro. Para jogos internacionais, a recomendação é mais específica: entre 100 e 110 metros de comprimento e de 64 a 75 metros de largura.

Entre os 43 gramados analisados no Brasil, apenas um precisou aumentar – o Dilzon Melo, em Varginha, casa do Boa Esporte. Outros 14 vão encolher. O Serra Dourada, a Ilha do Retiro e o Castelão de São Luís do Maranhão (não confundir com o Castelão de Fortaleza) são os casos mais marcantes – eles tinham 110 por 75 metros e vão perder cinco metros de comprimento por sete de largura.

Portanto, o gramado do Estádio Castelão terá que ser adequado à padronização dos campos de futebol por determinação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Atualmente com a metragem de 110 metros de comprimento e 75 metros de largura, o gramado do Castelão perderá 5 metros de comprimento e 7 metros de largura passando a ficar com metragem de 105 por 68 metros, a mesma metragem utilizada nos jogos da Copa do Mundo.

 

Fonte: França Melo