Presidente da Aclem participa de congresso da Abrace em Brasília-DF

Com a participação de delegados de 21 associações de cronistas esportivos, foi encerrado no último sábado (28), na cidade de Brasília-DF, o 42º Congresso Brasileiro de Cronistas Esportivos. O evento começou na noite da última quinta-feira (26), no hotel Windsor Plaza, com a abertura oficial. O presidente da Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD), narrador esportivo Kleiber Beltrão não mediu esforços para proporcionar uma excelente estadia aos congressistas, além de palestras de bom nível.

O evento foi conduzido pelo presidente da Associação Brasileira de Cronistas Esportivos (ABRACE), Aderson Maia, e contou a participação de representantes da Association Internationale De La Presse Sportive (AIPS). Entre eles, o paraguaio Gabriel Cazenave, presidente da associação nas Américas, que fez elogios a ABRACE.

“A única entidade reconhecida no Brasil é a ABRACE”, comentou Cazenave, deixando claro que a entidade presidida por Aderson Maia é a única legitima e com reconhecimento internacional para credenciamento de cronistas esportivos.

CRÔNICA x CBF
O ponto principal dos debates diz respeito às novas normas que impõe restrições ao exercício pleno das atividades regulares dos cronistas esportivos em jogos do Campeonato Brasileiro das séries A e B, onde veda entrevistas antes, assim como no intervalo de partida, além de limitar a área de ação dos profissionais de imprensa. A nova norma beneficia apenas as emissoras detentoras do direito de transmissão.

Na avaliação da ABRACE, a norma imposta pela CBF é um absurdo é fere o artigo 5º da Constituição Brasileira: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. A norma fere ainda o parágrafo IX do mesmo artigo onde falar: é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. Outro artigo que fere a norma é o 220º da constituição: a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. § 1º – Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social.

NOTA DA ACLEM:
A cima, é exatamente o que aconteceu, todas as Associações trataram com veemência o tema que aborda o protocolo de imprensa imposto pela CBF. Nossa efetiva participação foi destacada por todos, tendo inclusive divulgação nacional, através d site Futebol Interior. Todos manifestaram apoio e solidariedade aos companheiros (repórter, fotografo, cinegrafista, etc) que têm tido dificuldades para trabalhar. Os protestos já ocorridos: em Salvador, Joinville, Goiânia, retratam o sentimento da classe, a ABRACE e Associações estaduais vão avançar nas providências. Aqui em São Luís, vamos ter um encontro com o Presidente da FMF, Antônio Américo, está viajando, para discutir o assunto, entendemos que a Federação vem sendo dura no cumprimento das normas. Vamos também tentar um encontro com o Vice Presidente da CBF, região Norte, Dr. Fernando Sarney. O mesmo também está em viagem, e assim que chegar marcará o encontro.
Futebol Interior (Publicou)

O representante de Minas Gerais concorda com as normas impostas pela CBF. Já o presidente da Associação de Cronistas e Locutores Esportivos do Maranhão, Tércio Dominici, foi mais contundente e disse:
“Nós não vamos deixar que mandem em nosso terreiro. Estamos vendo profissionais experientes do rádio brasileiro tendo o desprazer de atuar com as normas que foram adotadas pela CBF, tendo a insatisfação estampada na fisionomia destes profissionais. Talvez o Maranhão possa mostrar ao Brasil o caminho legal de como mudar este estado de coisas. A Associação dos Cronistas e Locutores do Maranhão tem um contrato com o Governo Estadual quando da inauguração do Castelão, em São Luís, no regime de comodato”, disse Tércio Dominici da Associação dos Cronistas e Locutores Esportivos do Maranhão, que completou.

“O estádio lá é do Governo do Maranhão, não é uma praça de propriedade particular. No entendimento nosso é que a CBF pegou a chave da nossa casa, abre a porta a hora que quer e entra. Nós vamos buscar todos os meios para impedir isso. Precisamos unir todas as associações brasileiras e buscar reverter esta situação. Se não, as emissoras de rádio vão acabar fechando as portas”, finalizou.