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O que esperar da Seleção Brasileira neste novo ciclo?

O torcedor brasileiro já está cansado de se iludir com a Seleção. De 2006 até aqui, as participações em Copas do Mundo têm sido decepcionantes, e a “amarelinha” vem acumulando fracassos. Mas, será que com a chegada de Dorival Júnior esta história está prestes a mudar?

Não há dúvidas de que o início de Dorival foi bastante animador. Nos dois primeiros jogos, contra as poderosas Inglaterra e Espanha, o time saiu-se bem. Além disso, foi possível enxergar uma outra disposição dos jogadores, com uma vontade que há muito não se via.

Entretanto, essas duas partidas podem dar alguma esperança para o futuro? Mesmo em ciclos anteriores, que terminaram muito mal, o Brasil também fez grandes partidas avulsas. O problema da Seleção é, na verdade, algo estrutural, que diz respeito ao futebol brasileiro como um todo.

O país simplesmente parou de produzir meias cerebrais e centroavantes. Basta ver que, mesmo os clubes brasileiros, frequentemente têm de recorrer a estrangeiros para utilizar a “9”.

Além disso, qual foi a última vez que um brasileiro teve chances reais de conquistar o prêmio de melhor do mundo? Até o início dos anos 2000, o país sempre tinha representantes na briga. 

Atualmente, Vini Jr. talvez seja o nome que poderá recolocar o Brasil no mapa dos principais prêmios individuais. Ainda assim, muito mais por sua eficiência com a camisa do Real Madrid, que é digna de nota, do que por sua qualidade técnica.

Escassez de craques

Portanto, os péssimos resultados recentes da Seleção Brasileira são fruto de uma crise do futebol nacional, que resultou em uma verdadeira escassez de craques.

Dessa forma, é possível que Dorival Júnior realize um grande trabalho, mas será algo pontual. Um esquema bem ajustado, um bom entrosamento entre os atletas, enfim… Nada que sinalize o renascimento do futebol brasileiro.

Afinal, para que o país volte a produzir jogadores da qualidade dos de antigamente, é preciso algo mais do que um treinador. É uma mentalidade que precisa ser mudada, e isso envolve profissionais de diversos níveis.

Na Copa de 2006, embora o resultado tenha sido ruim, o Brasil ainda contava com inúmeros craques. Cafu, Roberto Carlos, Zé Roberto, Emerson, Juninho Pernambucano, Kaká, Ronaldinho, Adriano, Ronaldo – um elenco recheado de grandíssimos jogadores.

Nos Mundiais seguintes, gradativamente o nível foi caindo, e os péssimos resultados foram se acumulando.

Vejamos, portanto, se Dorival Júnior conseguirá recolocar o Brasil no trilho das conquistas. 

As Apostas em Futebol no Brasil indicam que os torcedores estão confiantes. De todo modo, independentemente do que aconteça em 2026, o resgate do futebol brasileiro deve ser um trabalho longo.

E se o Brasil não entender rapidamente os erros que têm sido cometidos, o país deixará de vez de ser uma das grandes forças do futebol para se firmar como coadjuvante no cenário internacional.