Atletas superam desafios na primeira Expedição Lençóis Maranhenses

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses já é famoso por ser um dos principais destinos turísticos do Maranhão. Muitos turistas vêm a Rota das Emoções em busca de belas paisagens e lagoas de águas cristalinas, mas, uma equipe de atletas do Maranhão e convidados foram em busca de desafio. No último sábado (30), a Bee Sports promoveu a primeira Expedição Bee/Expedição Lençóis Maranhenses nas dunas de Barreirinhas numa prova que exigiu muita resistência e força dos participantes sob um sol daqueles num percurso de quase 60km.

“Foi o abre alas do calendário da Bee Sports em 2016. A gente tem projetos bem bacanas para este ano. Nos próximos meses Barreirinhas vai receber outro evento grande nosso de porte nacional. É primeira ultramaratona da Bee Sports em 2016. Sou um cara que sou movido adesafios e este foi mais um que eu venci na minha vida. Quando o homem tem foco ele consegue vencer”, disse Anderson Nogueira, coordenador na Bee Sports.

A largada da ultramaratona foi às 5h da manhã, na praça da matriz no município de Paulino Neves. A equipe de nove atletas e a equipe de apoio seguiram até a cidade de Barreirinhas numa trilha de extensas e altas dunas, matas abertas, estrada de terra e travessia de riachos.

No comando da maratona estava o ultramaratonista de montanhas, Anderson Nogueira que montou a equipe Bee para esta expedição. Amante de corridas e movido a desafios, Anderson sentiu-se bastante satisfeito com a maratona realizada nos Lençóis. “É uma satisfação gigantesca fazer isso com amigos. Então me dediquei a promover esse evento e a trazer meus amigos para os Lençóis Maranhenses para uma experiência inusitada. Essa expedição é o abre alas do calendário da Bee Sports em 2016. A gente tem projetos bem bacanas para este ano.
Nos próximos meses Barreirinhas vai receber outro evento grande nosso de porte nacional”, ressaltou.

O ultramatonista foi acompanhado de grandes esportistas como: Jerciane Costa (BeeSports), Fernando Aragão (BeeSports), Silvério Junior (BeeSports), Dilson Pará (TeamP3), João Paulo Carpanezi (TeamP3) Paulo Filho (TeamPFTrainer) e José de Jesus.

A intenção da Bee Sports em realizar este evento foi de mapear e preparar o local para uma expedição com um circuito de grandes proporções a nível nacional ainda este ano e, também, promover as 2 cidades, mostrando que ambas são cenários perfeitos e atrativos turísticos com enorme potencial no nosso Estado.

Exemplo de superação

Com um quadro clínico que indicava início de depressão, a esteticista piauiense Maria do Carmo decidiu viver para enfrentar desafios. Com 52anos, mas com fôlego e disposição de deixar qualquer adolescente com inveja, Do Carmo disputa competições de diversos níveis e não se permitiria deixar de participar da Expedição Bee/ Lençóis Maranhenses.
“Entrei nesse ramo para não me entregar a depressão. A corrida funciona como um antidepressivo. Me estimula a buscar uma melhoria na qualidade de vida e me traz muita alegria. Aos 50 anos de idade corro com pessoas bem mais jovens que eu e me sinto o máximo. Eu vibro a cada corrida que consigo completar, subindo no pódio ou não”, revelou.

Há 15 anos correndo como maratonista de asfalto e de trilhas, Do Carmo esteve todo o percurso à frente dos demais competidores e, em nenhum momento, parecia se incomodar com o solo agressivo e com a temperatura de quase 40º. “Mais um desafio concluído com muita garra e superação no limite do ser humano. Nós nos saímos vitoriosos e isso é o que importa”.

Cãibras dificultam desempenho de atletas

A primeira Expedição Bee/Lençóis Maranhense contou com a participação de atletas de outros Estados e até de outras modalidades esportivas. O empresário paulista e atleta de Triatlon, João Paulo Moreira, conhecido como Jota, encontrou em Barreirinhas um cenário diferenciado, diferente do que está acostumado a ver e diz ter tido um choque de realidade.

“Tive a oportunidade de parar em uma residência para pedir água. A senhora que me atendeu perguntou se eu estava competindo. Disse que sim. Reparei que a casa era humilde e não tinha energia elétrica, muito menos uma televisão. Percebi que ela está isolada e alheia de tudo. Isso é uma preparação para a escolinha da vida. Tive muitos aprendizados no meio do caminho. Respeito, determinação, trabalho em equipe e superação, principalmente”, contou.

No trajeto pelas Dunas, Jota sofreu com as cãibras que quase o tiraram da competição. “A Expedição Bee foi um desafio diferenciado e radical. Que exige da gente o máximo e a estar sempre no limite. Aqui a gente está em contato diretamente com a natureza. É uma prova difícil pra caramba. A gente teve algumas paradas inesperadas e em uma delas eu tive uma cãibra muito forte. Mas deu para eu me recompor e terminar opercurso. Esse desafio exige muito do atleta. Por mais que você pense que está bem condicionado, mas diante de uma competição dessa você percebe que não está”, finalizou.