Maranhão é representado por 34 atletas nas Paraolimpíadas Escolares

O maior evento esportivo do mundo para pessoas com deficiência em idade escolar realiza a cerimônia de abertura na noite desta terça-feira (20). E as competições da 12ª edição das Paraolimpíadas Escolares foram iniciadas hoje (21), a partir das 8h, no Centro de Treinamento Paraolímpico Brasileiro, em São Paulo (SP). Cerca de mil estudantes-atletas de todos os estados brasileiros estão inscritos, e 34 deles representarão o Maranhão.

Os atletas têm entre 12 a 18 anos. Oito modalidades abrem as disputas: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, futebol de 5, futebol de 7, goalball, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado. O evento se estenderá até a sexta-feira (23), e nos três os esportes de abertura se juntam ao judô, natação e tênis de mesa.

Entre os competidores maranhenses, está Ana Beatriz Araújo, de 15 anos, que não tem alguns dos dedos das mãos e dos pés, devido a uma doença congênita. A garota é estreante nas Paraolimpíadas Escolares e participa na modalidade futebol de salão. “Sou a campeã da etapa regional em Natal (RN) dos Jogos Escolares da Juventude 2018. Meu foco hoje são as competições. Quero um dia chegar longe, quem sabe ao Mundial”, declarou a garota que nasceu em São Luís/MA, onde mora atualmente.

Já o maranhense Pedro Henrique está na sua terceira Paraolimpíadas Escolares. Sua participação vem desde o ano de 2016, e de lá para cá, o adolescente foi campeão em algumas provas, que lhe renderam medalhes de ouro. “Quando as pessoas veem o que faço, me dá ainda mais motivação e vontade de treinar”, declara Pedro Henrique.

Ana Beatriz Araújo e Pedro Henrique têm como técnico o professor da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, José Ribamar Soares Ribeiro. O técnico elogiou os esforços dos dois atletas. “Pedro Henrique há dois anos não fazia nenhuma atividade. Ele mudou esse quadro e já conquistou seis medalhas nas Paraolimpíadas Escolares. Ana Beatriz também terá um futuro promissor. Cabe a mim como treinador, ajudá-los”, disse José Ribamar ao enfatizar que nos últimos 25 anos trabalha a atividade física com pessoas com deficiência.

O chefe da delegação do Maranhão nas Paraolimpíadas Escolares, José Henrique Azevedo, o Mangueirão, frisou ser de suma importância o trabalho dos técnicos não somente para os atletas paraolímpicos, como para qualquer atleta. “Fico feliz com o crescimento do esporte paraolímpico”, declara o treinador, que vem atuando há 42 anos no esporte adaptado.