Lei de Incentivo do Governo do Maranhão gera campeões no esporte e na vida

O esporte vem mudando vidas há muito tempo. Histórias inspiradoras são contadas, todos os dias, por aqueles que superaram os próprios limites e concluem metas de vida. É o caso do judoca e morador da Vila Jaracati, Paulo Henrique Cordeiro, 19 anos, que passou a frequentar as aulas de judô e de tênis de mesa quando tinha 10 anos. Hoje, ele é atleta e também é o atual professor de judô no Fórum de Desenvolvimento Local Sustentável do Jaracati, local apoiado pelo Governo do Maranhão, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.

O professor, que serve de exemplo, garante que o esporte o salvou do ócio e da vulnerabilidade das ruas na infância. “Quando eu era criança vivia muito na rua, hoje, sei o quanto estava exposto a determinados males. Além disso, eu era extremamente agressivo e não entendia o sinônimo de respeito. Foi aqui que tive o primeiro contato com o esporte e tenho orgulho de, neste momento, ser professor neste espaço. Aqui, aprendi a ser tranquilo, a ter respeito e a ter foco nos estudos. O esporte transformou a minha vida, me fazendo trilhar caminhos diferentes daqueles que me esperavam”, expressa o judoca.

A atividade esportiva contribui para melhorias na saúde, disciplina o cidadão e agrega no desenvolvimento de individualidades que refletem no bom convívio social. Sabendo da contribuição do esporte na vida das pessoas, a Secretaria de Esporte e Lazer (Sedel), em apoio ao Fórum de Desenvolvimento Local Sustentável do Jaracati, instituição sem fins lucrativos, criada para melhoria de vida da comunidade do bairro Vila Jaracati, está desenvolvendo, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, atividades de esporte e lazer para crianças e adolescentes. Paralelo às atividades esportivas, oferece capacitação para famílias que moram na área.

Moradora do bairro, Maria Luiza Birino, 13 anos, disse que, por meio do projeto, alcançou a oportunidade de praticar o judô, atividade que, segunda ela, não teria condições de exercer se não fosse a instituição. A atleta ganhou, na Copa São Paulo de Judô, a medalha de bronze na categoria Superpesado. Motivada pela vitória, disse que pretende se dedicar ainda mais para que nas próximas competições venha a conquistar o ouro.

“Eu nem percebi que tinha ganhado na minha categoria, quando vi a minha oponente já estava no chão. Fiquei feliz por poder subir no pódio e representar os meus colegas e o meu mestre. Mesmo a gente sabendo que nem sempre tem como ser vencedora, praticando esporte, sabemos que somos campeões na vida. São as pequenas coisas que nos motivam para as maiores vitórias”, ressaltou a medalhista.

O Fórum de Desenvolvimento Local Sustentável do Jaracati possui, também, atletas revelados no tênis de mesa como é o caso de Naerlison Costa Mendes, 14 anos, que, no ano passado, foi um dos destaques na sua categoria no Maranhão. “Venho ao Fórum desde os meus 8 anos com o meu irmão mais velho, mas na época eu fazia judô e informática. Comecei jogando com o meu irmão, quando me dei conta já estava jogando como os outros meninos. Não imaginava que eu ia me identificar tanto com o tênis de mesa e nem que ele mudaria minha vida para melhor”, disse.

Formado em Educação Física, o instrutor de tênis de mesa, Antônio Ferreira, disse que trabalhar em projetos como o Fórum Jaracati é transformador. Integrante do projeto por mais de quatro anos, o professor reforçou a importância do esporte na vida dos moradores da comunidade, principalmente nas áreas de riscos.

“Sabemos que a criminalidade está cada vez mais seduzindo crianças e adolescentes, então nós que compomos este projeto assumimos a função de mostrar para eles que não existe só um futuro. Muitos destes alunos não têm a assistência devida dentro de casa, aqui fazemos o máximo para que todos eles tenham o melhor”, afirmou o instrutor de tênis de mesa, Antônio Ferreira.

A diretora executiva do Fórum Jaracati, Márcia Assunção, disse que o objetivo do espaço é integrar a comunidade da Vila Jaracati por meio das ações sociais realizadas dentro do projeto. Ela observa que, depois que o projeto passou a ser incentivado pelo Governo do Maranhão, o espaço físico foi revitalizado e foram feitos investimentos como a compra de uniformes, kimonos, mesas de tênis e de computadores para a sala de informática, melhoria no lanche dos alunos e avanços no pagamento dos professores que, hoje, têm suas carteiras assinadas.

“Depois da Lei de Incentivo ao Esporte, nós pudemos realizar um trabalho melhor para a comunidade, pois muitos dos nossos atletas tiveram a chance de participar de competições, coisa que muitos deles nem almejavam alcançar. Hoje, temos a chance de realizar sonhos que antes não eram sonhados e não há recompensa maior do que essa”, ressaltou Márcia Assunção.

Empenhado no desenvolvimento do projeto, o secretário de Estado de Esporte e Lazer, Rogério Cafeteira, destacou os investimentos que estão sendo realizados, pelo Governo do Estado, para alcançar o maior número de crianças e adolescentes, por meio de programas subsidiados pela Lei de Incentivo ao Esporte.

“O Governo do Maranhão vem desenvolvendo ações para incentivar a prática de diversas modalidades esportivas, garantindo a participação dos nossos atletas em competições nacionais e internacionais, além de trabalhar o viés social, que é de garantir uma ocupação para esses jovens, contribuindo com a saúde e qualidade de vida da população. Todos esses benefícios são possíveis graças a Lei de Incentivo ao Esporte que colabora para as práticas esportivas e de lazer no nosso estado”, destacou o gestor da Sedel.

Lei de Incentivo ao Esporte

A Sedel, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, proporciona o fortalecimento do esporte no Maranhão. Este incentivo ocorre quando as empresas que recolhem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Estado podem apoiar projetos esportivos de qualquer modalidade.

Sobre o Fórum

As atividades realizadas no Fórum Jaracati incluem práticas como judô, tênis de mesa, brinquedoteca e informática. Participam do projeto, cerca de 200 crianças e adolescentes, de 4 a 18 anos que, para integrarem as ações, devem estar regularmente cursando o ano letivo escolar. O Fórum tem a intenção de minimizar a situação de exclusão social e econômica da comunidade e construir um espaço de convivência e desenvolvimento sociocultural, econômico e ambiental.