Colegiado da LBF “perde” Sampaio Corrêa, mas continua firme no boicote ao evento-teste do Rio 2016

Quebra de braço. De um lado, a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) usa a influência do novo treinador da Seleção Brasileira, Antônio Carlos Barbosa, e da nova coordenadora da seleção feminina, Adriana Santos, para enfraquecer as reivindicações dos clubes da Liga de Basquete Feminino (LBF). Do outro, as equipes do colegiado, que “perdeu” o Sampaio Corrêa, mantém a ideia do boicote ao evento-teste dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, entre os dias 15 e 17 de janeiro.

 

Com as contratações de Barbosa e Adriana Santos,  a CBB deu um duro golpe no colegiado de clubes da LBF. Trazendo duas peças que viveram intensamente o basquete nos últimos anos, a ideia da Confederação de enfraquecer as reclamações das equipes deu resultado. Na semana passada, o técnico confirmou que o Sampaio Corrêa, um dos favoritos ao título nacional, liberou as atletas para o evento-teste.

Em contato com o Cestinha, a diretoria do Uninassau/América explicou que o Sampaio Corrêa tomou uma decisão diferente do colegiado, mas que as outras equipes permanecem unidas. “Temos conhecimento que o Sampaio está deixando a decisão na mão das atletas, mas os outros clubes continuam com o mesmo posicionamento (de não liberar as jogadoras). Se eles quiserem fazer um time apenas com Sampaio Corrêa e Maranhão Basquete, podem fazer”, afirmou Valter.

Sem falar com a gente, membros da Confederação continuam importunando as nossas jogadoras, que estão no meio de uma competição nacional. Conversamos com as jogadoras sobre a importância da LBF para o nosso projeto. Se a gente liberar, elas voltariam do evento-teste apenas três dias antes de uma partida importante contra o Maranhão, que não cedeu jogadoras e que vai ficar só treinando no período. À princípio, a posição do colegiado permanece a mesma: não vamos liberar ninguém para a seleção.

Valter Ferreira, diretor do Uninassau/América

Por fim, Valter explicou que a reivindicação dos clubes não tem a ver com problemas pessoais ou vaidades, nem visa prejudicar a Seleção Brasileira em ano olímpico. “Presidente Venceslau, que não teve atleta convocada, também compactua com a nossa ideia. Estamos brigando pelas atletas, não pelo clube. Respeitando os direitos delas, queremos que as convocações sejam feitas de forma coerente.”

 

Fonte: JC